Ordenança dos Mandamentos
{Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir outras. Mateus: 23.23}
1) Deus não é obrigado a abençoar dizimista que é mentiroso, adúltero, espancador de esposa ou tenha qualquer afinidade com o pecado. Se fosse assim ele teria poupado Jerusalém de ser destruída pelos romanos, pois os fariseus davam o dízimo de tudo, até do cominho, da hortelã e do endro. É certo que toda a maldição de Deus recai sobre o desobediente. Deus não tem compromisso de qualquer tipo para com quem vive deliberadamente na prática do pecado.
2) Qualquer oferta para Deus, é acima de tudo, uma manifestação de agradecimento pelas bênçãos que já foram concedidas e não uma forma de negociar com o Todo-Poderoso, como se Ele fosse obrigado a retribuir financeiramente o que foi dado, com juros e correção monetária. O homem sempre deverá a Deus e não o contrário.
3) O que se faz com o dinheiro do dízimo não é um problema só do pastor. Também é um problema do dizimista, que deve assumir a sua obrigação de fiscalizar a destinação que é dada ao dinheiro dos fiéis. Legalmente a igreja é uma associação, uma organização religiosa, regulamentada por um Estatuto. Isso significa que deve haver uma prestação de contas adequada a todos os seus associados. Deve-se perguntar àquele que discorda dessa afirmação se ele, como dizimista, gostaria de frequentar uma igreja com bancos sempre quebrados, com gotejamentos intensos em dias de chuva, com banheiros fétidos, cujo pastor fosse visto passeando pra lá e pra cá no seu carro, novinho em folha.
4) Agem de má-fé aqueles que tentam colocar na mente do povo de Deus que dar o dízimo é o mandamento supremo que não pode ser descumprido nunca, seja qual for o pretexto. Com certeza há mandamentos maiores do que o dízimo. Qual filho não sacrificaria o dinheiro do seu dízimo para comprar remédios para a sua mãe que esteja à beira da morte? Jesus disse "Misericórdia quero e não sacrifícios". Paulo também disse que honrar o pai e a mãe é o primeiro mandamento com promessa. (Efésios 6)
5) Deus não é um carrasco que deixa um devorador de plantão à porta de nossa casa espiando se vamos dar o dízimo naquele mês ou não com o intuito de castigar-nos com a miséria caso esqueçamos de cumprir esse compromisso financeiro. Acordem! Deus não é esse monstro. Deus é nosso Pai. Ao crente pertence à benção de Abraão. (Gálatas 3:10-13) Não é qualquer situação episódica que tirará o cristão desse estado de bem-aventurança. A benção de Deus não é um bem hipotecado que nos é tirado se não temos dinheiro para pagar.
6) Dar o dízimo não impede que tragédias venham a suceder na vida do crente. Será que alguém já parou para pensar que milhares de dizimistas perderam suas casas ou vidas nessa terrível tragédia que assolou os estados do Nordeste, causada pelas chuvas? Quantos dizimistas havia dentro das torres gêmeas do World Trade Center, quando elas caíram? Porventura os dizimistas foram poupados da mortandade causada pelo terrível terremoto no Chile? Dar dízimo teria evitado a morte de milhões de cristãos durante a Inquisição da Idade Média, levada a efeito pela Igreja Católica?
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